quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

“OS ARAIOS”.
Quando as selvas da pátria habitadas Foram por selvagens turbulentos,Uns e outros por razoes ousadasEstranhas aos nossos conhecimentos;Mais tarde sejam explicadasà luz de notáveis descobrimentos;Não muito longe espreitava o clarãoDe uma futura civilização.Esses índios, outros destemidos.Que trilham as terras brasileirasPerseguindo, ou perseguidos,Percorriam extensas cordilheiras;Mais adiante veriam refletidosO valor de suas sobranceirasPois iriam ajudar na formaçãoDo povo grandioso da nação.....................................................Os Tremembés, um grupo verdadeiro,Formou outro grupo altivo e forte,Já se apresentando como ordeiroDesprezando a guerra e a crua morte;E esse grupo altaneiroA quem lhes protegia a boa sorteForam os Araios, de quem nascia.A nossa fiel genealogia.Instalando-se os Araios no lugarOnde as vias do progresso se projetam,Levando a industria, à escola, ao lar,Os trabalhos do homem que atestamO poder da Natura em criarOs nossos desígnios que restam;Dos Araios, Araioses levantou-se,De araioses nossa causa elevou-se.Ah! Se os índios Araios, que viveramAqui, alcançassem algum poder.De voltarem para onde lhes nasceramSeus ramos que têm percorrerUm longo campo onde floresceramAs sementes da fé e do viverJuntos com João de Deus, o fundadorDe araioses, o seu magno protetor!...E assim, esta terra confianteNas promessas alegres do porvir,Se propõe a levar muito distanteSeu grande nome. E se conseguirQue passos e seus planos adiantePossam os seus filhos conduzir,A gloria muito cedo alcançaremE as nossas virtudes contaremos.Assim as águas do oceanoConduzem o navegante ao alto mar,Levando-o a um porto soberanoOnde encontre tudo desejar;Também aconteça este planoE tudo de bom nos venha encontrarAqui Araioses, nossa Terra.Que toda esperança em si encerra.Do livro O canto do PeregrinoPoesias de Raimundo Nonato das Chagas.

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