fonte Agência Brasil
 Brasília - O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, pediu hoje 
(21) à Câmara dos Deputados que "se debruce" sobre o reajuste do piso 
salarial dos professores. Segundo ele, o piso teve um reajuste de 64% 
nos últimos anos. "Nem sempre [os estados e municípios] conseguiram ter 
um aumento de receita proporcional ao aumento salarial", disse. Os 
aumentos não seguem nenhuma proporcionalidade específica, o que 
dificulta o cumprimento.
 Atualmente, segundo levantamento de março da Confederação Nacional 
dos Trabalhadores em Educação (CNTE), 13 estados cumprem o piso salarial
 como vencimento, ou seja, sem a complementação com gratificações. O 
Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed) diz que os estados
 pagam o valor do piso aos professores com formação de nível médio na 
modalidade normal.
 Não há um levantamento referente aos municípios. Uma das 
dificuldades em cumprir o pagamento é, como apontado pelo ministro, 
reajustes que não acompanham a arrecadação.
 Segundo Mercadante há propostas de que o reajuste seja baseado na 
variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e do 
Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de 
Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). "Todos com aumentos 
reais", disse. 
 O piso salarial dos professores do magistério público foi 
estabelecido na Lei 11.738, de 16 de julho 2008. Na ocasião, o valor era
 R$ 950. Em 2009 o valor foi reajustado para R$ 1.024,67, em 2010; para 
R$ 1.187,14, em 2011. Em 2012, o valor vigente era R$ 1.451 e, a partir 
de fevereiro deste ano, passou para R$ 1.567.
 O Plano Nacional de Educação (PNE), em tramitação no Senado Federal,
 trata da criação de planos de carreira para os profissionais da 
educação básica e superior pública e, nele, o piso nacional deve ser 
considerado. Mercadante disse que o plano não pode ser aprovado de forma
 que não possa ser cumprido. "Não podemos fazer um 'Plano de Kyoto', 
difícil de cumprir", disse e acrescentou, que para que seja cumprido, 
"não basta escrever no papel"
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