Por Marcio Maranhão
Parecem cenas repetidas, mas as imagens foram registradas nessa quarta feira 4, e revelam que novamente, a exemplo de todas as outras vezes que tais absurdos aconteceram, o Posto de Saúde de João Peres, que deveria prezar pela prevenção e cuidados à comunidade, é o primeiro a colocar em risco a saúde dos seus usuários.
Banheiros imundos, corredores infectados e salas totalmente impróprias para qualquer atendimento. E a revelia de qualquer recomendação sanitária, o posto estava em pleno funcionamento, quando deveria estar com as portas fechadas até que o prefeito e médico Cristino tomasse vergonha na cara e encaminhasse operacionais para a unidade, que realizasse os serviços de limpeza básicos, já que aquele posto carece de manutenções estruturais.
Com uma vigilância sanitária subordinada ao prefeito e um Ministério Público de gabinete, situações como estas se repetem por todo o município e araiosenses não podem contar com nenhum tipo de fiscalização. E qualquer voz que se levante e denuncie a atual realidade é logo perseguida. Servidores são ameaçados, sofrem processos administrativos e por qualquer motivo tem seus salários descontados, como ocorreu com a técnica de enfermagem Bier Arraiz, que denunciou a mesma sujeira na UBS meses atrás, e vem ocorrendo com o titular desse blog, que com a anuência do coordenador e da secretária de saúde, teve em seu salário descontado seis faltas, ainda que tenha trabalhado comprovadamente no referido período. A atitude com motivação exclusivamente política do enfermeiro, que foi diretor do Hospital Municipal N. S. da Conceição e queridinho da primeira dama Sonia Gonçalves, que lhe encarregou de, em João Peres, perseguir adversários políticos do prefeito Cristino, será questionada judicialmente, tal qual vários outros abusos de autoridade e assédio moral praticado pelo servidor a colegas quando diretor do hospital e atualmente como enfermeiro chefe no posto de João Peres.
O mesmo enfermeiro que persegue colegas para ter prestigio junto ao governo falido de Cristino, não usa da mesma dedicação para melhorar o atendimento na unidade de saúde, onde frequentemente falta remédios básicos e a duas semanas não tem vacinas, causando grande prejuízo, principalmente a moradores de outros povoados mais distantes atendidos pelo posto de João Peres, como nos relatou um Agente de Saúde da unidade que não quis se identificar por medo da perseguição do enfermeiro. O ACS nos contou que usuários moradores de comunidades distantes quase 5 quilômetros, haviam fretado carro para a vacinação no posto que só ocorrem nas terças-feiras, e ao chegarem após longas horas de espera foram surpreendidos com a informação que não teria vacinação por falta de carro para trazer a mesma.
A secretaria que recebe milhões brinca com vidas e faz pouco caso das dificuldades dos araiosenses. E onde falta planejamento nos serviços e dedicação mínima às estruturas de saúde, sobra opressão aos contrários a indolência do governo de Cristino.