Os métodos rudimentares para determinar as distâncias em alto mar não possibilitavam uma localização precisa e, na dúvida, devido às sanções que ameaçavam os que não teriam respeitado este "testamento de Adão" - como o chamava ironicamente Francisco I da França - era preferível manter-se distante da zona incerta.
Os sucessores de Colombo, assim como os de Cabral, não se distanciavam das rotas conhecidas, e todo o litoral entre o Orenoco e o Nordeste brasileiro tornava-se um "no man's land", que somente alguns raros exploradores clandestinos ousavam percorrer.
Em 1612, uma expedição francesa comandada por Daniel de la Touche, Senhor de la Ravardière, partia de Cancale (Saint-Malo) na Bretanha, com o apoio da regente Maria de Médicis, para se apossar do lugar ("não pela força mas por amor", segundo as palavras do missionário capuchinho Claude d'Abbeville) e fundar aqui a França Equinocial.
No dia 8 de setembro, foi concluído o Forte e Vila de São Luís, assim nomeado em homenagem a Luís XIII (alguns anos mais tarde, no lado contrário ao Atlântico, na embocadura do Senegal, uma outra cidade seria batizada com o nome de São Luís, mas em homenagem a Luís XIV). O fato teve uma certa repercussão e provocou uma crise diplomática, resultando, finalmente, na reconquista do Maranhão pelos portugueses de Pernambuco, em 1615.
Fonte: Site do Governo do Estado do Maranhão.