quinta-feira, 27 de janeiro de 2011


Conceitos de História




1 - "A história é uma pesquisa que nos ensina o que o homem fez, portanto, o que é o homem." (Collinwood).
2 - "O objetivo da História é por natureza o homem." (Marc Bloch)
3 - "A história está para a humanidade assim como a memória está para o indivíduo, é a memória coletiva." (Piancantol)
4 - "A história é um profeta com o olhar voltado para trás. Pelo que foi e contra o que foi e anuncia o que será."(Eduardo Galeano)
5 - "Não há história pura, não há história imparcial. Toda história serva à vida, testemunho e compromisso." (José Honório Rodrigues)
6 - "A história é um processo dinâmico, dialético, no qual cada realidade traz dentro de si o princípio da sua própria contradição e que gera a transformação constante na História é a luta de classe."(Karl Marx)
7 - "A realidade do social, a realidade fundamental do homem revê-la inteiramente nova aos nosso olhos e, queiramos ou não, nosso velho ofício de historiados não cessa de brotar e de reflorir em nossa mãos (...) Sim quantas mudanças!(...) Todas as Ciências Sociais, inclusive a História, evoluíram, igualmente de maneira espetacular, mas não menos decisiva." (Fernando Braudel)
8 - A História é a substância da sociedade. (Agnes Heller)

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Ilha das Canárias


A ilha das Canárias localizada no municipio de Araioses Estado do Maranhão é a segunda maior ilha do Delta do Rio Parnaiba, com aproximadamente 32km², perdendo apenas para ilha Grade no Piauí. A história de Canárias tem marco inicial no dia 14 de novembro de 1806, em que o marinheiro e pescador cearense de Acaraú Francisco Bezerra, juntamente com três companheiros atraídos pela produção farta de peixes e com o objetivo de implantar a pesca de curral na barra dos mergulhões que posteriormente passou a ser chamada de canárias, devido a grande quantidade de pássaros denominados canários na região e uma planta que servia de alimento para os animais, chamada canarana. Assim o povo começou a viajar para a ilha dos canários ou da canarana.

Hoje a ilha das Canárias é área de preservação ambiental, faz parte da reserva extrativista marinha do Delta do Rio Parnaíba, sua população é de aproximadamente 2500 habitantes distribuída em quatro povoados: Canárias, Passarinho, Torto e Caiçara. Vivem da pesca e da agricultura de subsistência e com atividades secundarias como o artesanato feito com recursos naturais da própria região e o turismo, pois a região possui um grande potencial turístico, pouco desenvolvido, porém muito promissor. Na ilha produz-se basicamente o arroz nas vazantes e o pescado que é a atividade principal do local, e é exportado para a sede de município, Araióses-MA, e para o Piauí.

A religião predominante é o catolicismo e o padroeiro é São João Batista e ainda são celebrados Nossa senhora das Dores e São Francisco. As terras do povoado são comunitárias e pertencentes a São José, pois para se construir uma casa na ilha basta ter a aceitação da comunidade.

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Delta do Parnaíba ou Delta das Américas?


Tema:Ecoturismo

Autor: Fabian Kürten e Marina de Lima Minari

Data: 22/11/2002









Ambas as denominações estão corretas. Na verdade, o que acontece é uma vontade por parte do Estado do Maranhão de “puxar a brasa para a sardinha deles”. O fato do nome Delta do Parnaíba possuir o “Parnaíba” (nada mais claro já que o delta é formado pelo rio Parnaíba), faz o estado vizinho achar que há privilegio para a cidade de Parnaíba e conseqüentemente o estado “concorrente”. Com o desenvolvimento do turismo no Maranhão, pensou-se em um nome neutro. Daí então a denominação Delta das Américas.



Rixas a parte, essa formação geográfica apresenta uma forma de relevo que é peculiaridade mundial, já que formas de igual potencial só são encontradas nos rios Nilo e Mekong, na África e Ásia, respectivamente. Desde o dia 28 de Agosto de 1996, foi transformado em APA, abrangendo uma área de 313.809 hectares.



O Delta é como um arquipélago circundado por pequeninas cidades. É uma área onde se mesclam as culturas maranhenses e piauienses em um único ambiente. Os municípios que fazem parte da APA são, no estado do Maranhão: Paulino Neves, Tutóia, Araioses e Água Doce; no Piauí incluem-se: Ilha Grande, Parnaíba, Luís Correia e cajueiro da Praia; e no Ceará, Chaval e Barroquinha.

terça-feira, 12 de outubro de 2010


História do Maranhão
Foram os espanhóis os primeiros europeus a chegarem, em 1500, à região onde hoje se encontra o estado do Maranhão. Em 1535, no entanto, verificou-se por parte dos portugueses uma primeira tentativa fracassada de ocupação do território. Foram os franceses que realizaram a ocupação efetiva iniciada em 1612, quando 500 deles chegaram em três navios e fundaram a França Equinocial. Seguiram-se lutas e tréguas entre portugueses e franceses até 1615, quando os primeiros retomaram definitivamente a colônia. Em 1621, foi instituído o estado do Maranhão e Grão-Pará, com o objetivo de melhorar as defesas da costa e os contatos com a metrópole, uma vez que as relações com a capital da colônia, Salvador, localizada na costa leste do oceano Atlântico, eram dificultadas devido às correntes marítimas. Em 1641, os holandeses invadiram a região e ocuparam a ilha de São Luis, nomeando o povoado em homenagem ao rei Luiz XIII. Três anos depois, foram expulsos pelos portugueses. A separação do Maranhão e Pará veio a ocorrer em 1774, após a consolidação do domínio português na região. A forte influência portuguesa no Maranhão fez com que o estado só aceitasse em 1823, após intervenção armada, a independência do Brasil de Portugal, ocorrida em 7 de setembro de 1822.
São Luís, capital do Estado do Maranhão, localizada na porção Meio-Norte do Brasil, constitui a última fronteira da região Nordeste com a Amazônia. Com uma área estimada em 831,7 Km2 (IBGE:1996) esta cidade herdou de seus antepassados um conjunto arquitetônico colonial de influência ibérica sem precedentes na América Latina, tanto pela sua extensão, como por sua homogeneidade. Legado formado por acontecimentos históricos que discorreremos a seguir.  
      Mesmo possuindo o direito de ocupar as terras pertencentes ao Norte do Brasil através do Tratado de Tordesilhas (1494), a nação portuguesa após algumas tentativas fracassadas de ocupação dessa porção do território por terra e por mar, acabou cedendo espaço  para os franceses, que em 1612 aportaram nas terras onde hoje encontra-se São Luís.   
      Com a constituição da França Equinocial, escolheu-se para a sede da colônia um altaneiro promontório, que segundo MEIRELES (2000: 42) “localizava-se na confluência dos dois maiores rios da Ilha, defronte a Jeviré, aí rezaram os capuchinhos , a 12 de agosto, a primeira missa no Maranhão”.
      A construção de um forte e de algumas residências utilizando-se de mão-de-obra indígena selou definitivamente a fixação da expedição francesa em solo maranhense e o seu contato com os habitantes indígenas. Em 8 de setembro de 1612 foi solenemente fundada a colônia francesa no Maranhão, ou França Equinocial, com limites definidos em 50 léguas para o Norte e para o Sul, a partir do Forte de Saint Louis, marco fundador de São Luís.

      Com a nomeação de Jerônimo de Albuquerque para Capitão da Conquista e Descobrimento das Terras do Maranhão, a reconquista portuguesa desse território estava sendo planejada em Pernambuco, onde segundo Meireles (2000: 50) “fixou-se o Governador em Olinda e fez partir para o norte, a 1º de junho de 1613, sob as ordens do capitão indicado, 100 homens em quatro embarcações”.

                Jerônimo de Albuquerque desembarca na desembocadura do Rio Munin, em frente à Ilha Grande em 28 de outubro de 1614, e após a tão narrada Batalha de Guaxenduba, onde as forças de Portugal, com um número de homens e armamentos bem menor que as forças defensivas francesas, conseguem derrotar, em um ataque surpresa, as tropas de Daniel de La Touche, Senhor de La Ravardière,São Luís é retomada para o domínio de Portugal.
                Expulsos os franceses, o General Português Alexandre de Moura estabelece os alicerces para a organização de São Luís: confirma e estabelece Jerônimo de Albuquerque como Capitão-Mor da conquista do Maranhão, oferecendo-lhe um regimento para o governo da capitania.
     Estabelecidas as bases para a fixação de gente em terras maranhenses, Jerônimo de Albuquerque empreende algumas atividades cujo objetivo era dar condições para a implantação do sistema colonial português: o planejamento e construção de arruamentos a partir do Forte, finalização dos trabalhos de uma nau iniciada pelos franceses, além disso, “justificava-se a necessidade de restaurar e ampliar a fortaleza, agora de São Felipe, de acordo com as plantas do Engenheiro militar Francisco Frias de Mesquita, autor também do traçado urbano que seria seguido na implantação da cidade...” (Leite Filho:[S.D.]  625).