sábado, 17 de dezembro de 2016

Araioses será beneficiada com cozinha comunitária do governo Flavio Dino

lançado edital para licitar Cozinhas Comunitárias em mais sete municípios maranhenses

16/12/201619H 00


(Foto: Divulgação)

Foi lançado nesta sexta-feira (16), por meio da Comissão Especial Licitação (CEL/CCL), o edital de licitação que objetiva a contratação de empresa especializada para execução de obras de construção de Cozinhas Comunitárias em mais sete municípios que integram o Programa ‘Mais IDH’. De interesse da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Sedes), a licitação será realizada na modalidade Concorrência n° 006/2016-CEL/CCL.

Financiada com recurso do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a licitação faz parte das ações do Governo do Estado para promover a superação extrema pobreza, de modo a garantir a segurança alimentar e nutricional da população. “Licitar as Cozinhas Comunitárias faz parte do programa do governador Flávio Dino de reverter o quadro de extrema pobreza de alguns municípios do Estado, promovendo refeições balanceadas e de qualidade à população”, destacou o presidente da CEL, Odair José Neves.

A licitação será realizada na modalidade Concorrência do tipo menor preço por lote, sob regime de empreitada por preço global. Serão sete Cozinhas licitadas em 01 Lote. Os municípios que serão contemplados neste Lote são: Primeira Cruz, Santo Amaro do Maranhão, Belágua, Milagres do Maranhão, Santana do Maranhão, Água Doce e Araioses. O valor total máximo investido na licitação será de R$ 5.249.668,06.

O edital de licitação já pode ser baixado no site da Comissão Central, www.ccl.ma.gov.br, ou ainda, retirado na sede da CCL, localizada na Rua 44, Quadra 18, n° 35, bairro Calhau. Na primeira etapa, as empresas interessadas entregarão os envelopes de habilitação e proposta de preços. As empresas que atenderem os requisitos previstos no edital são selecionadas para a etapa de abertura das propostas de preços.

Os envelopes de habilitação serão abertos no dia 18 de janeiro de 2017, em sessão pública que será realizada no auditório Benedito Dutra Mendonça, na sede da CCL.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

Prefeita de Araioses Valeria do Manim é afastada por improbidade admnistrativa

  
Por constantes atrasos  dos salários dos servidores e descumprimentos da sentença  do processo Nº 16792016, neste dia 12 de dezembro a prefeita foi afastada para que  o sucessor cumpra a determinação judicial.




Processo nº 16582016
Autor: Ministério Público Estadual 
Ré: Valéria Cristina Pimentel Leal

D E C I S Ã O

 Cuida-se de pedido cautelar de afastamento incontinenti da Prefeita Municipal de Araioses, feito pelo MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL em desfavor de VALÉRIA CRISTINA PIMENTEL LEAL, prefeita do Município de Araioses/MA, em razão da prática reiterada de atos que afrontam os princípios da administração pública, previsto no art. 11 da Lei nº. 8.429/92.

Segundo o Parquet Estadual, desde o mês de outubro de 2016, após derrota nas eleições, a prefeita municipal vem cometendo graves falhas na gestão municipal, dentre elas cita: exoneração de todos os funcionários contratados, o que causou a falência de alguns serviços públicos essenciais; atraso reiterado no pagamento do funcionalismo, provocando a paralisação dos servidores, por quase quinze dias etc.

Em relação ao atraso no pagamento dos salários, seja dos servidores efetivos, seja dos contratados, aduz que tal conduta gera enormes prejuízos à população do Município de Araioses, pois além de comprometer a própria subsistência dos servidores e suas famílias, contribui para o empobrecimento da cidade, já que em "cidades do porte de Araioses, as atividades giram em torno do serviço público, que é a maior fonte de renda da população" (fl. 03).

Arremata o Ministério Público Estadual que, com tal postura, a Prefeita Municipal está cometendo ato de improbidade, "consistente em inobservar os princípios administrativos da legalidade e moralidade, pois lesa o direito fundamental de todo e qualquer trabalhador que é a percepção do salário".

 Assim, pede medida de provimento liminar de afastamento da prefeita municipal, da função pública, na forma do art. 20, parágrafo único, da Lei 8.429/92, em razão de que, permanecendo à frente da Administração, continuará a causar prejuízos com a reiteração dos atos omissos, como o não pagamento dos próximos vencimentos, bem como, comprometendo a próxima gestão.

Fundamenta, ainda, o pedido com a alegação de que a Alcaide vem sonegando documentos para instruir a ACP nº 1379/2016 que trata do pagamento dos salários.

Inicial, acompanhada de documentos, às fls. 02 usque 46.

Devidamente relatado, passo a decidir.

O CPC/2015 reformulou o sistema de tutela judicial fundada em cognição sumária, unificando sob a nomenclatura de tutela provisória, a tutela antecipada e a tutela cautelar, que se submetiam (no Código de Processo Civil de 1973) a disciplinas diferentes, formalmente.

Reza o novo codex que, a tutela provisória poderá fundar-se em "urgência" ou "evidência" (art. 294, caput). A tutela de urgência será concedida quando forem demonstrados elementos que indiquem a probabilidade do direito, bem como, o perigo na demora da prestação da tutela jurisdicional (art. 300). Já a tutela da evidência, não exige a demonstração de periculum in mora quando: 1) ficar caracterizado abuso do direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório da parte; 2) as alegações de fato puderem ser comprovadas apenas mediante prova documental e houver tese firmada em demandas repetitivas ou em súmula vinculante; 3) se tratar de pedido reipersecutório fundado em prova documental adequada do contrato de depósito; ou 4) a petição inicial for instruída com prova documental suficiente dos fatos constitutivos do direito do autor, a que o réu não oponha prova capaz de gerar dúvida razoável (art. 311).

A tutela de urgência, que ora se trata, é subdivida em cautelar e antecipada, com ambas podendo ser concedidas em caráter antecedente ou incidental (art. 294, par. ún.).

Embora permaneça a diferença conceitual de ambas as tutelas, aplica-se-lhes o mesmo regime quanto a pressupostos, e via processual de pleito e concessão. 

Feitas essas considerações iniciais, passo à decisão propriamente dita.

Dispõe a Lei 8.429/92, parágrafo único:

Art. 20. A perda da função pública e a suspensão dos direitos políticos só se efetivam com o trânsito em julgado da sentença condenatória.
        Parágrafo único. A autoridade judicial ou administrativa competente poderá determinar o afastamento do agente público do exercício do cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração, quando a medida se fizer necessária à instrução processual.
Acrescente-se que a liminar em sede de Ação Pública pode ser admitida mesmo, antes da notificação a que se refere o art. 17, § 7o, da Lei nº 8.429/92.

Nesse sentido:


Ementa: ADMINISTRATIVO  IMPROBIDADE  PERICULUM IN MORA E FUMUS BONI IURIS  SÚMULA 7/STJ  MEDIDA CAUTELAR  INDISPONIBILIDADE E SEQUESTRO DE BENS  REQUERIMENTO NA INICIAL DA AÇÃO PRINCIPAL  POSSIBILIDADE  DEFERIMENTO DE LIMINAR INAUDITA ALTERA PARS ANTES DA NOTIFICAÇÃO PRÉVIA. 1. Aferir a existência dos pressupostos para a concessão da medida cautelar, como requer o recorrente, demandaria o reexame do contexto fático-probatório dos autos, o que é defeso a este Tribunal em vista do óbice da Súmula 7/STJ. 2. É licita a concessão de liminar inaudita altera pars requerida na inicial da ação principal, antes do recebimento da Ação Civil Pública, para a decretação de indisponibilidade e de sequestro de bens. Agravo regimental improvido. (STJ - AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL AgRg no REsp 1121847 MS 2009/0021979-1)- (STJ)
Data de publicação: 25/09/2009

Ementa: ACÓRDÃO N.º 6-0887/2010 PROCESSO CIVIL E ADMINISTRATIVO. AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. MEDIDA CAUTELAR DE INDISPONIBILIDADE DE BENS. REQUERIMENTO NA INICIAL DA AÇÃO PRINCIPAL. DEFERIMENTO DE LIMINAR INAUDITA ALTERA PARS ANTES DA NOTIFICAÇÃO PRÉVIA. POSSIBILIDADE. ARTS.  E 16 DA LEI 8429/92. DECISÃO A QUO MANTIDA. RECURSO CONHECIDO E NÃO PROVIDO. DECISÃO UNÂNIME. TJ-AL - Agravo de Instrumento AI 00036138520098020000 AL 0003613-85.2009.8.02.0000 (TJ-AL)


No caso sub oculi, em sede de tutela de urgência de caráter cautelar, o Parquet Estadual requer a concessão de liminar para afastamento do cargo de Prefeita Municipal, a Sra. Valéria Cristina Pimentel Leal (responsável pelos atos nocivos de atraso no pagamento dos salários, que traz prejuízo à toda comunidade araiosense) a fim de impedir a reiteração do ato omissivo de não pagar os salários do servidores, bem como, para assegurar a instrução processual, a fim de que os poderes do chefe do Executivo Municipal não influencie na produção probatória, seja através da reiteração dolosa da omissão, seja pelas reiteradas sonegações de informações sobre as folhas de pagamento, garantindo, a verdade real ao processo.

Desta feita, o Ministério Público Estadual justifica o pedido liminar em dois fundamentos: a) para garantir o resultado prático do processo (pagamento dos salários futuros e vincendos); e, b) garantir a instrução processual (impedir que a sonegação de informações, por parte do Executivo Municipal, comprometa a colheita de provas).

O não pagamento regular da remuneração dos servidores municipais, ou a retenção de verbas salariais, apesar do ente público receber, pontualmente, os repasses federais e estaduais de verbas públicas e recolher as receitas próprias, sem apresentação de anormalidades imprevisíveis nas circunstâncias fáticas subjacentes, é patente conduta que viola os princípios balizadores da atividade administrativa.

Esse proceder traduz-se em grave ineficiência funcional, que em muito ultrapassa a mera "desorganização" ou incompetência para gerir o município, uma vez que, assim agindo, o administrador (gestor público) estará tomando decisões no âmbito administrativo – a exemplo do pagamento de outras dívidas, em detrimento do pagamento dos salários dos servidores, na melhor das hipóteses – que importam sua responsabilização pelas consequências a serem suportadas pelos administrados.

Pagar outras despesas em vez do salário – verba alimentar – dos servidores ou empregar os recursos públicos destinados a tal finalidade primária, para outra finalidade, é ato de decisão do administrador público que não autoriza simplesmente atribuir os atrasos ou retenções praticadas ao caso fortuito, força maior, ausência de recursos em razão de bloqueios da justiça ou mera desorganização.

Diga-se, ademais, não ser possível à prefeita optar, repetidamente, e por meses consecutivos, por realizar despesas outras sempre em detrimento do pagamento da remuneração dos servidores, pois que tais verbas possuem inafastável natureza alimentar, que não permite espaço para o exercício da discricionariedade administrativa.

A contraprestação do trabalho, ofertada por funcionários públicos, deve estar no primeiro grau de importância das despesas a serem realizadas pelo ente público, ao lado dos gastos despendidos para manutenção da saúde pública, e tal prescinde de disposição expressa de lei: além de decorrer do princípio constitucional basilar do ordenamento jurídico brasileiro – dignidade da pessoa humana – trata-se de conclusão a que se chega, instintivamente, qualquer ser humano, ou seja, primeiro a necessidade de sobreviver, e daí a imprescindibilidade e primazia de satisfazer às carências alimentares e de saúde física e psíquica em detrimento das demais.

Tal conduta, quanto mais quando perpetrada de forma reiterada, contumaz e injustificada, como vem ocorrendo deste o mês de agosto do corrente ano, pela gestora municipal, caracteriza, claramente, ato de improbidade administrativa que fere, mortalmente, a legalidade e os deveres de lealdade institucional e eficiência funcional, em razão de a Prefeita desrespeitar, ao mesmo tempo: 1) as normas legais; 2) o devido zelo na administração da coisa pública; 3) e o dever de boa administração, ou seja, de proporcionar o funcionamento regular, organizado, produtivo e eficaz do ente público.

Quanto à obstrução da instrução, analisando a prova juntada, bem como, os autos da ACP nº 1379/2016, promovida também pelo Ministério Público Estadual, a mesma gestora, não traz informações, em sua completude, sobre o pagamento dos servidores municipais, apesar de ser intimada para tal.

De fato, a gestora municipal sempre trouxe informações incompletas, como a juntada, v.g. apenas da folha dos servidores contratados, quando inicialmente se requisitou a folha de TODOS os servidores. Ademais, basta uma simples conferência das declarações de servidores, firmadas junto ao Ministério Público Estadual, para constatarmos que é frágil o argumento da gestora do Município de Araioses de que tem pago, com regularidade o funcionalismo.

Acrescente-se que as inúmeras determinações constantes da citada ação civil pública (1379/2016) não tem sido cumpridas a contento. Principalmente no que se refere às informações referentes aos pagamentos dos servidores, que quase sempre são desencontradas.

A folha de pagamento é condição sine qua non para que o banco, possa operacionalizar os bloqueios determinados por este juízo para garantir o pagamento dos salários. Tal determinação, de juntada da(s) folha(s) de pagamento tem sido descumprida, reitero.

De outro lado, compulsando os extratos bancários trazidos pelo Autor, verifica-se que não houve queda de receita, a ponto de justificar o atraso no pagamento dos salários dos servidores.

Assim, para evitar que um provimento tardio torne inútil, ou insustentável, o direito pleiteado, deve-se analisar o caso concreto para concessão da tutela inaudita altera pars.

E, da análise dos documentos que instruem o presente feito, em juízo de cognição sumária e sem qualquer antecipação do entendimento a ser manifestado por ocasião do julgamento da presente ação, vislumbro a presença dos requisitos para a concessão da liminar pleiteada, pois, verifica-se preambularmente, a presença do fumus boni iuris e periculum in mora, para conceder a tutela cautelar de afastamento da Prefeita Municipal da função pública, mesmo antes da notificação para defesa preliminar.

A ação civil pública nº 1379/2016, em que se cobra verbas salariais atrasadas, atesta, de maneira inconteste, a presença do requisito do fumus boni juris, pois não obstante a existência de vínculo obrigacional entre o município e seu quadro funcional, assim como a respectiva prestação de serviços à pessoa jurídica de direito público interno, os servidores públicos não vêm recebendo a necessária contrapartida em forma de remuneração, sendo que tal omissão, em tese, caracteriza ato de improbidade ferindo os princípios da legalidade, moralidade e probidade administrativa.

Quanto ao requisito do periculum in mora, torna-se necessário o afastamento da atual gestora para que a mesma não venha a conspurcar as provas, porventura, existentes na Administração, bem como, para impedir que a agente política continue a causar danos patrimoniais ao Ente Público que "administra", sem mencionar o risco de suspensão de serviços público essenciais.

De outro lado, o funcionalismo não pode ficar a depender de bloqueios judiciais a todo tempo, para receber seus vencimentos, todos os meses.

Ressalte-se, também, que quanto ao periculum in mora específico, trazido pelo parágrafo único do art. 20 da Lei de Improbidade Administrativa, qual seja a de que a medida de afastamento contenha o caráter de imprescindibilidade para instrução processual, os documentos de fls. 26/31 revelam a medida exata da pertinência da tutela cautelar.

Tais documentos evidenciam, especificamente quanto ao pagamento do transporte escolar, que a falta de pagamento do mesmo pode comprometer o ano letivo dos alunos da rede de ensino do Município de Araioses.

Nesse sentido, vislumbra-se claramente a possibilidade de ocorrência de lesão de difícil reparação.

Acrescente-se que, além do todos os problemas aqui apontados, a falta do pagamento dos salários dos servidores, além de representar risco à subsistência dos mesmos e de seus familiares, pode comprometer a próxima gestão municipal.

Por fim, merece destaque que o afastamento da Prefeita Municipal, das suas funções, não conduz, necessariamente, a uma descontinuidade na administração municipal, porquanto assume o cargo o sucessor legal, in casu, o vice-prefeito, não trazendo prejuízos aos munícipes, nem aos servidores públicos, e muito menos, aos serviços essenciais. Ao revés, deve o gestor interino envidar esforços para atualização dos salários dos servidores, sob pena de, também, cometer atos de improbidade administrativa.

Nesse sentido já se manifestou o STJ:
"(...) O afastamento temporário de prefeito municipal, com base no art. 20, parágrafo único, da Lei n. 8.249/1992 e decorrente de investigação por atos de improbidade administrativa não tem o potencial de, por si, causar grave lesão aos bens jurídicos protegidos pela Lei n. 8.437/1992. Agravo regimental desprovido"

Em razão do exposto, constatando a presença dos requisitos necessários para a concessão da medida liminar pleiteada, consistentes no periculum in mora e fumus boni iuris, e com fundamento no art. 20, parágrafo único, da Lei 8.429/92, DEFIRO o pedido de tutela de urgência para afastar VALÉRIA CRISTINA PIMENTEL LEAL da função de Prefeita Municipal de Araioses/MA, pelo prazo de 19 (dezenove) dias, (considerando que é o número de dias restantes de sua administração) em razão de atos que violam princípios da administração pública, e causam dano ao erário, salvo se concluída em menor tempo, sem prejuízo de sua remuneração mensal.

Diante da presente decisão, advirto que qualquer um que venha a desobedece-la, incorrerá da conduta, tida como crime, previsto no art. 330 do Código Penal, podendo ensejar prisão em flagrante.

Oficie-se ao Comando da 16ª BPM, com sede na cidade de Chapadinha/MA, bem como, ao destacamento da cidade de Araioses/MA, para ciência da decisão e atuação imediata em caso de descumprimento, por caracterizar crime previsto no código Penal.

Oficie-se ao Banco do Brasil S/A acerca da presente decisão, dando-lhe ciência do afastamento da requerida do cargo de Prefeita, o que lhe impede de movimentar as contas de titularidade do município de Araioses/MA.

Notifique-se à Câmara Municipal Araioses, por seu presidente, para que, em sessão extraordinária, dê posse ao vice-prefeito, no cargo de prefeito, como corolário da decisão de afastamento do requerido, no prazo de 24 horas, haja vista a impossibilidade de acefalia do Poder Executivo.

Fica reiterada a advertência de que havendo o descumprimento da presente decisão por qualquer um, incorrerá este no crime de desobediência, podendo ocorrer a consequente prisão em flagrante.

Notifique-se o requerido para apresentar manifestação por escrito, no prazo de 15 (quinze) dias, nos termos do art. 17, § 7º da 8.429/92.

Intimem-se a requerida e o Ministério Público da presente decisão.




Cumpra-se.

Araioses, 12 de dezembro de 2016.


Marcelo Fontenele Vieira


Juiz de direito titular da 1ª Vara da Comarca de Araioses-MA




sábado, 10 de dezembro de 2016

Araioses poderá se inscrever no programa rua digna do governo do Maranhão e melhorar as ruas da cidade.

Municípios podem se inscrever no programa ‘Mutirão Rua Digna’ até abril de 2017

    O ‘Mutirão Rua Digna’ é uma das estratégias do Governo do Estado para estimular o comércio de bens e serviços, movimentar a economia e abrir oportunidades de trabalho. Estão habilitados municípios da região metropolitana de São Luís, incluindo a capital, e as 30 cidades contempladas no Plano ‘Mais IDH’. As inscrições podem ser feitas até dia 28 de abril de 2017.

    A ação consiste na parceria entre gestão estadual e municípios, para obter mão obra a ser utilizada na recuperação de ruas dos bairros. O Termo de Colaboração será firmado com sindicatos, associações comunitárias, entidades religiosas de cunho social e cooperativas.

    “Esse projeto vem somar nos esforços do governo estadual para estímulo da economia e a inserção de pessoas no mercado de trabalho, movimentando os negócios em regiões de grande demanda e integrando a gestão e sociedade”, avaliou a secretária interina de Estado do Trabalho e da Economia Solidária (Setres), Maria Virgínia de Andrade.

    Entre os serviços a serem realizados no projeto estão a pavimentação das ruas, reparo de imperfeições, colocação de bloquetes, terraplanagem e serviços complementares de infraestrutura com drenagem superficial (meio fio, sarjeta e calçada). Os recursos para as obras são garantidos pelo Governo e nesta primeira fase, mais de 100 instituições serão cadastradas.

    Para se inscrever, os interessados devem consultar a página da Setres, no endereço www.trabalho.ma.gov.br e clicar no banner ‘Mutirão Rua Digna’ e terá acesso ao edital do projeto onde constam as informações necessárias. No edital o interessado também tem acesso aos modelos da ficha de inscrição, de requerimento, do plano de trabalho e planilhas de custos dos serviços e mão de obra. Para inscrição presencial a documentação deve ser entregue na sede da Setres, Rua do Sol, 191, Centro. Serão considerados para avaliação projetos com valor de até R$ 200 mil e o prazo de execução das obras e serviços pactuados será de 90 dias.

    Os municípios que podem se inscrever no projeto são: São Luís, São José de Ribamar, Raposa, Paço do Lumiar, Fernando Falcão, Marajá do Sena, Jenipapo dos Vieiras, Satubinha, Água Doce do Maranhão, Lagoa Grande do Maranhão, São João do Caru, Santana do Maranhão, Arame, Belágua, Conceição do Lago-Açu, Primeira Cruz, Aldeias Altas, Pedro do Rosário, São Raimundo do Doca Bezerra, São Roberto, São João do Sóter, Centro Novo do Maranhão, Itaipava do Grajaú, Santo Amaro do Maranhão, Brejo de Areia, Serrano do Maranhão, Amapá do Maranhão, Araioses, Governador Newton Bello, Cajari, Santa Filomena do Maranhão, Milagres do Maranhão, São Francisco do Maranhão e Afonso Cunha.

    Habilitação

    Documentos necessários – original, cópia autenticada e/ou via internet:
    Requerimento ao titular da Setres, assinado pelo responsável legal da instituição, constando endereço, telefone e email;
    Lista nominal do seu quadro diretor, com indicação do cargo/função exercida e cópias de seus documentos de identificação (RG e CPF);
    Plano de Trabalho;
    Identificação e cópias dos documentos pessoais e profissionais do responsável técnico pelo Plano de Trabalho;
    Comprovação de que é entidade sem fins lucrativos (lei de utilidade pública, municipal ou estadual) e cópias do Estatuto, da Ata de formação e posse da atual diretoria;
    Cartão de Inscrição do CNPJ, comprovando estar ativo no mínimo 12 meses;
    Certidões negativas de débitos e de inscrição em dívida ativa, referentes a tributos e contribuições federais, estaduais e municipais e certidão negativa de débitos da Caema.


Caju, Justiça e Caranguejo: veja os apelidos de políticos na lista da Odebrecht Fonte: Último Segundo - iG @ http://ultimosegundo.ig.com.br/politica/2016-12-10/lista-delacao-odebrecht.html


De acordo com delação de executivo, empreiteira usava codinomes para identificar senadores e deputados federais antes de realizar pagamentos


O ex-vice-presidente de Relações Institucionais da Odebrecht, Cláudio Mello Filho, revelou, em delação premiada, que realizava pagamentos em dinheiro para uma série de políticos. De acordo com o site de notícias "BuzzFeed", a empreiteira usava diversos apelidos para identificar senadores, deputados federais e outras autoridades, no momento de realizar os pagamentos.Jane de Araújo/Agência Senado - 24.5.16
Apresentado na lista como "Caju", Romero Jucá teria centralizado pagamento de R$ 22 milhões da Odebrecht


Segundo o depoimento de Mello Filho, a Odebrecht realizava pagamentos para o senador Romero Jucá (PMDB-RR), apelidado de "Caju", que teria recebido R$ 22 milhões para ele e os senadores, Renan Calheiros (PMDB-AL), conhecido como "Justiça", e Eunício Oliveira (PMDB-CE), o "Índio". A lista também apresenta o nome do ex-ministro-chefe da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima. Citado como "Babel", ele teria recebido R$ 1,5 milhão da empreiteira.


O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha (PMDB-RS), aparece na delação como "Primo" e teria centralizado as arrecadações para o presidente Michel Temer durante a campanha presidencial de 2014. O ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), é apresentado na lista como "Caranguejo. De acordo com Mello Filho, a empresa aprovou pagamentos de R$ 7 milhões para o ex-deputado.



Conheça os nomes citados na lista da Odebrecht e os valores que teriam sido repassados, de acordo com o site "BuzzFeed":

1. Michel Temer – R$ 10 milhões
2. "Caju": senador Romero Jucá (PMDB-RR), senador – R$ 22 milhões para campanhas
3. "Justiça": Renan Calheiros (PMDB-AL), senador – teria se beneficiado por parte dos R$ 22 milhões
4. "Índio": Eunício Oliveira (PMDB-CE), senador – também teria se beneficiado com o valor
5. "Primo": Eliseu Padilha (PMDB-RS), ministro – teria centralizado arrecadações para Temer
6. "Las Vegas": Anderson Dornelles (ex-assessor de Dilma) – R$ 350 mil
7. "Angorá": Moreira Franco, secretário – recursos para Temer
8. "Caranguejo": Eduardo Cunha (ex-deputado) – R$ 7 milhões
9. "Cerrado/Piqui": Ciro Nogueira (PP-PI), senador – R$ 5 milhões para campanhas do PP
10. "Polo": Jaques Wagner (ex-ministro) – R$9,5 milhões
11. "Gremista": Marco Maia (PT-RS), deputado – R$ 1,3 milhão
12. "Babel": Geddel Vieira Lima (ex-ministro) – R$ 1,5 milhão
13. "Bitelo": Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA), deputado – R$ 1,5 milhão
14. "Campari": Gim Argello (ex-senador) – R$ 1,5 milhão
15. "Gripado": José Agripino (DEM-RN), senador – R$ 1 milhão solicitado por Aécio Neves
16. "Botafogo": Rodrigo Maia (DEM-RJ), deputado – R$ 100 mil
17. "Misericórdia": Antônio Brito (PSD-BA), deputado – R$ 430 mil
18. "Ferrari": Delcídio do Amaral (ex-senador) – R$ 550 mil
19. "Corredor": Duarte Nogueira (PSDB), prefeito de Ribeirão Preto – R$ 600 mil
20. "Todo Feio": Inaldo Leitão (PP-PB) – R$ 100 mil
21. "Jovem": Adolfo Viana (PMDB-BA), deputado estadual – R$ 50 mil
22. "Feia": Lídice da Mata (PSB-BA), senadora – R$ 200 mil
23. "Comuna": Daniel Almeida (PCdoB-BA), deputado R$ 100 mil
24. "Goleiro": Paulo Magalhães Júnior – R$ 50 mil
25. "Diplomata": Hugo Napoleão – R$ 100 mil
26. "Moleza": Jutahy Magalhães – R$ 350 mil
27. "Velhinho": Francisco Dornelles (PP), vice-governador do Rio de Janeiro – R$ 200 mil
28. Carlinhos Almeida – R$ 50 mil
29. João Almeida – R$ 500 mil
30. Rui Costa (PT), governador da Bahia – R$ 10 milhões
31. Paulo Skaf (PMDB), presidente da FIESP – teria se beneficiado com R$ 6 milhões da verba acertada com Temer.

PREFEITURA DE ARAIOSES E CÂMARA MUNICIPAL NÃO CUMPREM A LEI DA TRANSPARÊNCIA


Apenas 33 prefeituras maranhenses cumprem a Lei de TransparênciaConstatação foi feita após avaliação do Tribunal de Contas do Estado.Objetivo é tornar mais efetivo o acompanhamento da transparência.


Constatação foi feita após avaliação do Tribunal de Contas do Estado (Foto: Reprodução/TV Mirante)

Após avaliação feira pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE-MA), foi constatado que apenas 33 prefeituras e 2 câmaras municipais estão cumprindo as exigências legais com relação aos Portais da Transparência em todo o estado. O objetivo da avaliação é tornar mais efetivo o acompanhamento da transparência na gestão pública e contribuir com o controle social.

Os dados estão disponíveis no site do TCE-MA. Inicialmente, serão atualizados a cada três meses. (Veja quais prefeituras estão irregulares aqui)

As irregularidades vão desde a simples inexistência do Portal, a não disponibilização das informações no prazo de 30 dias até a publicação de documentos no formato PDF, prejudicando a integridade e disponibilidade da informação.

Na esfera estadual o cumprimento da chamada Lei da Transparência (Lei Complementar nº 131/09) por parte do Executivo Estadual, Assembleia Legislativa, Tribunal de Contas, Poder Judiciário e Ministério Público foi considerado satisfatório.

A avaliação do Tribunal levou em conta critérios como: a existência do Portal da Transparência; nome padronizado, obedecendo a estrutura: www.nomedomunicipio.ma.gov.br; informação disponibilizada em tempo real - não superior a trinta dias; disponibilização da informação em relação aos critérios estabelecidos no Decreto 7.185/10, ou seja, se atende ao Padrão Mínimo de Qualidade estabelecido nesse Decreto.

Também houve, por parte do Tribunal, flexibilização dos critérios tempo real e padrão mínimo de qualidade em relação a legislação vigente, com objetivo de não prejudicar os municípios, possibilitando um período para adaptação e solução das dificuldades.