sexta-feira, 21 de agosto de 2015

PF reforça a vigilância para capturar a prefeita de Bom Jardim






A Polícia Federal (PF) reforçou a vigilância em aeroportos e rodoviárias do Maranhão para capturar a prefeita de Bom Jardim (MA) Lidiane Leite (PP), foragida desde quinta-feira (20), quando foi deflagrada a “Operação Éden”, que investiga denúncias de desvios de verbas da educação no Município.
montalidianePrefeita de Bom Jardim (MA) ostentava boa vida nas redes sociais. (Foto: Fotos: Divulgação)
“Solicitamos a todos os cidadãos de bem do Estado do Maranhão que cada um deles se torne um agente da Polícia Federal e nos auxilie na captura dessa pessoa”, disse o superintendente regional Alexandre Saraiva, em entrevista coletiva concedida na quinta-feira.
Foram presos o ex-secretário de Agricultura, Antônio Gomes da Silva, conhecido como “Antônio Cesarino”, e de Assuntos Políticos, Humberto Dantas dos Santos, conhecido como Beto Rocha, que seria ex-namorado da prefeita.
Segundo o delegado Ronildo Lajes, a repercussão nacional do caso acelerou a deflagração da operação.
“Acontece que, com a publicação da reportagem, por decorrência da repercussão até nacional, nós percebemos no monitoramento que os alvos estavam se movimentando muito, tentando conversar com testemunhas e há rumores no local de que eles estavam tentando evadir-se”, explicou.
“Mesmo sendo policiais federais, somos humanos e estamos absolutamente indignados porque chegou ao nosso conhecimento que as crianças estavam sendo dispensadas mais cedo das aulas por falta de alimentação”, revelou o delegado Fabrizio Garbi.
presos1Ex-secretários municipais presos pela PF. (Foto: Reprodução / TV Mirante)
Desvios
A polícia investiga transferências de cerca de R$ 1 mil realizadas da conta da prefeitura para a conta pessoal de Lidiane que chegam a R$ 40 mil em um ano. Também foram feitas transferências para o advogado da prefeitura, Danilo Mohana, que somam mais de R$ 200 mil em pouco mais de um ano.
Além da prefeita, secretários, ex-secretários e empresários também estão sendo investigados por causa de irregularidades encontradas em contratos firmados com “empresas-fantasmas”. Houve duas licitações para reformar 13 escolas, pelas quais a “Zabar Produções” obteve R$ 1,3 milhão e a “Ecolimp” recebeu R$ 1,8 milhão. Nenhuma das empresas foi encontrada.
Em 2013, a prefeitura firmou contrato com 16 agricultores para o fornecimento de merenda escolar nas escolas municipais, pelos quais cada agricultor receberia em média R$ 18 mil por ano. Os agricultores afirmaram que não receberam os pagamentos.
Luxo na internet
Lidiane se tornou prefeita aos 22 anos, em 2012, depois que o namorado dela na época Beto Rocha, candidato a prefeito, teve a candidatura impugnada ao ser enquadrado na Lei da Ficha Limpa. Ela assumiu o lugar dele e foi eleita.
Depois que assumiu o cargo, Lidiane passou a compartilhar fotos da nova rotina nas redes sociais. Nos perfis pessoais, ela escreveu: “eu compro é que eu quiser. Gasto sim com o que eu quero. Tô nem aí pra o que achem. Beijinho no ombro pros recalcados”. Em outro post, ela diz: “devia era comprar um carro mais luxuoso pq graças a Deus o dinheiro ta sobrando”.
Afastamentos
A Justiça do Maranhão havia determinado o afastamento da prefeita pelo prazo de 180 dias em dezembro de 2014, com base no descumprimento da regularização das aulas e do fornecimento de merenda e de transporte escolar em Bom Jardim.
Na ação, o Ministério Público do Estado afirma que Lidiane havia apresentado informações falsas a respeito das irregularidades, mas as informações acabaram desmentidas por meio de denúncias dos próprios moradores da cidade.
A gestora também já havia sido citada pela Justiça por má conduta no início de 2014, quando foi deferida liminar, a pedido do MP-MA, para declarar a ilegalidade de decreto municipal que tornou nulas as nomeações dos excedentes do concurso público homologado em novembro de 2011

Últimas notíciasEditoriasFotos BR Central Você está aqui Geral Consumo de refrigerante por crianças menores de 2 anos é preocupante, diz Chioro




  • 21/08/2015 14h43
  • Rio de Janeiro
Vinícius Lisboa – Repórter da Agência Brasil
O ministro da Saúde, Arthur Chioro, considerou preocupante que cerca de um terço (32,3%) das crianças com menos de 2 anos de idade consumam refrigerante ou sucos artificiais. Os dados são da Pesquisa Nacional de Saúde, divulgada hoje (21) pelo ministério e pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e mostram ainda que passa de 60% o total de crianças nessa faixa etária que consomem bolos, bolachas ou biscoitos.
"Está havendo uma substituição importante do padrão de alimentação das crianças, que já se reflete na população adulta e que precisa ser revertida", disse o ministro.
Chioro afirmou que vê com preocupação os dados sobre obesidade e sobrepeso da população, mas considerou especialmente preocupantes as informações sobre os hábitos alimentares de crianças. "Isso projeta, se não tivermos efetividade nas políticas de prevenção e promoção, um cenário de enfrentamento de sobrepeso e obesidade que trarão uma carga de doenças extremamente importantes e significará que nossa população envelhecerá sem qualidade de vida."
Para o ministro, o combate a esse problema deve passar por uma ressignificação "do momento da refeição" e também pelo incentivo à prática diária de atividade física, incluindo não apenas esportes, mas caminhada, dança e o hábito de subir escadas, por exemplo.
"Por isso é que nós valorizamos demais a agricultura familiar, local, regional e a utilização das frutas de estação, porque podem substituir esses alimentos ultraprocessados, extremamente industrializados e que não fazem bem à saúde, por alimentos saudáveis e disponíveis a baixo custo", disse Chioro. "Isso significa retomar hábitos alimentares que a população brasileira sempre teve e que devem ser valorizados."
Chioro avaliou que, diferentemente do que acontecia no passado, o problema não é falta de oferta de serviços no sistema de saúde e sim a necessidade de construir e incorporar hábitos mais saudáveis.
"Se não fizermos rapidamente uma inversão, assumiremos um padrão de obesidade e de uma carga de doenças que alguns países como Estados Unidos e México já apresentam, com deletérios impactos sobre a saúde, os sistemas de saúde e a qualidade de vida da população", afirmou.
Edição: Denise Griesinger

Na linha de sucessão de Eduardo Cunha, o deputado Waldir Maranhão


O Globo – Na hipótese ainda pouco provável de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) se afastar da Presidência da Câmara por conta da denúncia por corrupção e lavagem, assumiria o comando da Casa seu vice, um deputado pouco conhecido, do baixo clero, cuja situação não é muito melhor. Trata-se de Waldir Maranhão (PP-MA), um dos 32 integrantes do PP investigados na operação Lava-Jato.
Waldir Maranhão foi eleito vice-presidente da Câmara em fevereiro deste ano, com o apoio de Cunha. Se herdar o principal posto na Casa, tornando-se também o segundo homem na linha sucessória da Presidência da República, os constrangimentos devem continuar.
Maranhão foi apontado pelo doleiro Alberto Youssef, condenado por lavagem de dinheiro e investigado por outros crimes na Lava-Jato, como um dos deputados que recebeu dinheiro por meio da empresa GFD, usada pelo doleiro para distribuir propina a políticos.
Além de investigado na mesma operação que Eduardo Cunha, Waldir Maranhão também é alvo de outros dois inquéritos que correm no Supremo Tribunal Federal (STF) em que é acusado de crimes de lavagem de dinheiro ou ocultação de bens, direitos ou valores.
Como não há nas normas da Câmara previsão de instrumento legal para afastar o presidente do cargo, cabe apenas a ele próprio decidir se permanece ou não no comando da Casa. De acordo com a área técnica da Casa, a decisão sobre deixar a presidência, de forma permanente ou temporária, seria tomada apenas por um “ato de vontade” de Cunha.
Apenas no caso do peemedebista resolver se afastar permanentemente da presidência, seriam convocadas novas eleições para a Câmara. Caso contrário, caberá a Waldir Maranhão liderar os deputados.
O deputado não foi localizado pela reportagem.

Fábio Macedo participa da assinatura do Termo do Programa Escola Digna

 

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O deputado estadual, Fábio Macedo, participou na manhã desta sexta-feira, da assinatura do termo de adesão da Cemar, Grupo Mateus e Agrosserra ao Programa Escola Digna que visa realizar com maior celeridade a substituição das escolas e taipa no Maranhão por escolas de alvenaria, dando segurança, conforto e dignidade às crianças e adolescente do estado.
“É muito gratificante ver empresas maranhenses interessadas em participar do processo de transformação da educação no nosso estado. O Programa Escola Digna vai além de substituir escolas de taipa ou improvidas em galpões e espaços inadequados por estruturas de alvenaria, o objetivo é construir espaços acolhedores, democráticos e inclusivos, de onde sairão cidadãos maranhenses capazes de transformar a realidade vivida e superando a condição de pobreza. A educação liberta”, disse o parlamentar.
 O Governador Flávio Dino, ainda destacou que o programa integra o conjunto de ações do Mais IDH, que pretende promover a superação da pobreza no Estado, reduzindo também as desigualdades, garantindo justiça social a todos os maranhenses. Participaram do evento o deputado Weverton Rocha, a secretária de educação, Áurea Prazeres, o secretário de participação popular, Francisco Gonçalves, entre outros.
Programa Escola Digna
O Escola Digna, desenvolvido por meio da Secretaria Estadual de Educação (Seduc), em colaboração com os municípios maranhenses, vai garantir aos cidadãos uma educação pública de qualidade.
A meta geral é construir 1.090 escolas de alvenaria, proporcionando às crianças, jovens, adultos e idosos atendidos pelo sistema público de ensino dos municípios, acesso à infraestrutura necessária para a sua formação como cidadão livre, consciente e preparado para atuar profissionalmente nos mais diversos campos da atividade social.

Ricardo Murad reconhece contratação irregular da Proenge

  



reconhece (2)Marrapá – O ex-secretário de Saúde, Ricardo Murad, reconheceu que durante a gestão dele a empresa Proenge Engenharia e Projetos Ltda foi contratada para fazer um serviço que já tinha sido feito. O testemunho de Ricardo sobre o assunto consta na ação civil de improbidade administrativa que determinou a quebra de sigilo bancário e indisponibilidade de bens dele e mais 11 pessoas no valor de R$ 17 milhões.
Embora negue que tenha contratado e pago um valor milionário à Proenge por um serviço que não foi feito, pois já tinha sido realizado anteriormente, Ricardo Murad admitiu a irregularidade em manifestação ao Ministério Público de Contas (MPC). “Não há que se falar que a Concorrência nº 001/2009-CPL/SES-MA iniciou-se sem o projeto executivo. O que fez a Comissão Permanente de Licitação da Secretaria de Estado da Saúde foi iniciar a Concorrência com o projeto básico”, afirmou Ricardo Murad na folha 3.521 da manifestação do MPC.
A elaboração do projeto básico está descrita no Anexo II do edital de Concorrência nº 007/2009 que resultou na contratação da Proenge. Na descrição do objeto licitado é claro que os serviços incluem levantamentos, projetos básicos e também projetos executivos. Na referência sobre os projetos básicos, são relacionados os mesmos municípios do edital para as obras dos 64 hospitais através da Concorrência nº 007/2009, que já apresentava os projetos básicos.