Por Marcio Maranhão
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Após duas tentativas de negociação intermediadas pelo próprio Ministério Público, governo de Cristino fez pouco caso com a situação dos servidores da educação, onde parte estão com salários atrasados e professores ainda não receberam suas férias.
Em um primeiro encontro entre governo e representantes sindicais, o governo propôs pagar as férias dos educadores em 10 parcelas, alegando não possuir receita para quitar os vencimentos em parcela única como prevê a lei. Em nova rodada de negociações, o prefeito Cristino ofereceu o pagamento em 8 parcelas, o que foi imediatamente rejeitada pelo presidente da entidade sindical, Antônio José, que em entrevista ao Blog Marcio Maranhão, afirmou que não aceitaria dividir o pagamento dos direitos dos professores em mais que duas parcelas.
Diante da rejeição, o governo tentou impor sua vontade por meio de decreto, humilhando os servidores e desrespeitando o Ministério Público que assistia as negociações até então.
Segundo a assessoria jurídica do Blog Marcio Maranhão, a decisão dos representantes dos servidores foi assertiva, uma vez, que aceitar qualquer tipo de parcelamento, seria se posicionar de forma conivente com um governo que foi irresponsável na gestão das verbas federais encaminhadas com sobra para custeio da educação no município.
Para o professor e vereador Arnaldo Machado, os servidores não têm culpa da incompetência e irresponsabilidade do gestor com o dinheiro público, e que os valores repassados pelo governo federal são suficientes e com sobra. Segundo o vereador, a Prefeitura de Araioses já recebeu mais de 18 milhões de FUNDEB e prefeito não tem como justificar o não pagamento das férias dos professores.
Com uma folha de pagamento anunciada pelo próprio Secretário de menos de 2.6 milhões de reais ficou vazia as explicações de que não há dinheiro para pagamento das férias. A média de repasse mensal dos últimos seis meses é de 3 milhões, em tese há uma sobra de 400 mil reais que acumulada formaria um contingente de 2.4 milhões, dinheiro suficiente para o pagamento das férias dos professores que é em torno de 1.1 milhões. E, metade do décimo de todos os servidores da educação que gira em torno de 1.3 milhões.
José Antônio, presidente do SINDSEPMA, informou que foram tomadas todas as medidas para que a greve siga dentro da legalidade e que paralelo a paralisação, o sindicato solicitará a justiça o bloqueio imediato dos valores devidos pelo município a seus sócios.
Manifestação dos Professores na Secretaria de Educação (foto: Mateus Coutinho/Panorama) |
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